terça-feira, 12 de agosto de 2014

O que aprendi com meu pai



É inegável a influência paterna em minha vida. Seja por sua presença ou por sua ausência, pelo carinho ou pela falta de paciência, pelo cuidado ou pela omissão, meu pai me marcou muito: ele foi e é um instrumento contundente no longo e árduo processo de formação do meu caráter. 

Nesse contexto contraditório em que a figura de meu pai transita entre os papéis de herói e medroso, amigo e desconhecido, guerreiro e covarde (em minha memória de criança e em meu coração de adulto), gostaria de compartilhar três coisas que aprendi com aquele que é referencial para eu ser um amigo, um profissional, um esposo e um homem melhor.

Dividir as tarefas de casa

Lembro-me de sempre ouvir minha mãe relatar como era bom, depois de um dia cansativo de trabalho, chegar em casa e me encontrar de banho tomado, cheirando sabonete e de cabelo penteado. Meu pai ajudou bastante minha mãe nas tarefas do lar. Na verdade, mais que ajudar, ele dividia as tarefas com ela. Meu pai colaborava muito cuidando dos filhos, fazendo compras e preparando a comida para todos. E que comida! Se hoje sou quase um chef (risos), agradeço muito a ele!

Gostar de trabalhar

Os dois empregos que meu pai sempre teve me ensinou a não ser preguiçoso. Com ele não tinha tempo ruim: acordava cedo, voltava tarde. É verdade que isso me roubou bons momentos que eu poderia ter tido com ele, mas é inegável que trabalhar com afinco e se dedicar àquilo que se está fazendo, sem reclamar, me serviu como exemplo para que hoje eu me esforce para ser, cada dia mais, melhor naquilo que faço.

Confiar em Deus

Uma vez, quando eu era muito pequeno e ainda não sabia nadar, em uma piscina na qual meus pés não alcançavam o fundo, meu pai me soltava por alguns instantes. Eu, desesperado, batia freneticamente os braços e as pernas para voltar a me segurar naquele que inspirava segurança e cuidado, que significava meu porto seguro, que era meu pai. Hoje, quando vejo que a piscina da vida está muito funda pra mim, que noto que sozinho não consigo lidar com meus medos e meus monstros, que percebo meus conceitos e ideias sendo insuficientes para resolver os desafios da vida... Ah! Desesperado, movimento braços e pernas, mente e coração, tempo e dinheiro em direção àquele que foi, que é e sempre será meu melhor amigo, meu referencial sem oscilações, meu maior confidente, aquele que tem poucos “nãos” e muitos “vamos juntos!”, meu herói perfeito, meu eterno Pai: meu Deus!

Obrigado, pai! Obrigado, Pai!



PS.: A foto que ilustra esta postagem é de quanto eu era pequeno, me sentindo seguro no colo daquele que Deus usou para eu estar aqui hoje!



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